01 abril 2009


"Viver é sofrer." Para Arthur Schopenhauer, filósofo do século XIX conhecido por suas idéias pessimistas em relação ao sentido da vida, os relacionamentos e os desejos só levam à dor e ao tédio. A salvação para o sofrimento humano, causado pela existência, é renunciar ao mundo, tornando-se assim verdadeiramente livre.
Para Julius Hertzfeld, psiquiatra renomado e ferrenho defensor da terapia em grupo, a salvação só é atingida quando se constrói relacionamentos sólidos, baseados no amor e na compreensão das diferenças e dos limites de cada um. É a vontade de ajudar as pessoas a encontrarem esse caminho que o leva a continuar trabalhando, mesmo fragilizado com a notícia de que tem um câncer incurável.
Ao fazer uma avaliação de sua longa carreira como psicoterapeuta, Julius decide procurar seu maior fracasso - um antigo paciente chamado Philip Slate, viciado em sexo e que curou a si próprio seguindo as doutrinas de Schopenhauer - e o convida a participar de sua terapia em grupo. A presença de uma ex-conquista de Philip, que o odeia pela frieza com que a descartou, obriga-o a encarar o passado e desencadeia conflitos entre os pacientes e acirradas discussões filosóficas com Julius.
A cura de Schopenhauer é o relato comovente de personagens demasiadamente humanos, que no processo da terapia em grupo desnudam suas mentes e seus corações, tornando-se mais reais do que a própria realidade.

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