29 abril 2009

POR QUE AS PESSOAS GRITAM
Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:
- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
- Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles.
- Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?
Questionou novamente o pensador.
- Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça, retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
- Então não é possível falar-lhe em voz baixa?
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.Então ele esclareceu:
- Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecida? O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.
Por fim, o pensador conclui, dizendo:
"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta."
(Mahatma Gandhi)

21 abril 2009

Sendo únicos, emitimos uma luz característica. A cor é variável. Ofusca e fere. Acalma e aquece. Vez por outra, é uma chama. Quando não, uma onda. A luz de verdade não está no fim do túnel. Somos todos seres de luz e alegria. Esta luz deve iluminar os nossos próprios caminhos. Carregue sempre suas baterias de forma tal que ela nunca se apague. A verdadeira luz, aquela inerente a singularidade, nunca ofusca. É uma referência, porém, não é salvação para ninguém. Ainda assim serás crucificado. Vão tentar sugá-la de ti. Emitir luz exige assumir responsabilidades e conseqüências...

12 abril 2009

DICAS DE LIVROS


Um homem maltrapilho e desconhecido tenta impedir que um intelectual se suicide.Um desafio que nem a polícia nem um famoso psiquiatra tinham sido capazes de resolver.Depois de abalá-lo e resgatá-lo, esse homem, de quem ninguém sabe a origem, o nome ou a história, sai proclamando aos quatro ventos que as sociedades modernas se converteram em um hospício global.Com uma eloquência cativante, começa a chamar seguidores para vender sonhos em uma sociedade que deixou de sonhar.Nada tão belo e tão estranho... ao mesmo tempo em que arrebata as pessoas e as liberta do cárcere da rotina, arruma muitos inimigos.Será ele um sábio ou o mais louco dos seres?

Indico esse livro as pessoas que de alguma forma vendem sonhos por meio de sua arte, sua inteligência, crítica, sensibilidade, generosidade, amabilidade. Os vendedores de sonhos são frequentemente estranhos no ninho social... são anormais... pois o normal é chafurdar na lama do individualismo, do egocentrismo, do personalismo... o seu legado será inesquecível...

Um romance que te fará chorar, rir e pensar muito... leiam!

01 abril 2009

Misturando realidade e ficção de maneira perfeita, o autor, Irvin D. Yalom, recria uma profunda amizade entre Nietzsche e Josef Breuer, um dos pais da Psicanálise. Ambientada em Viena, nos últimos meses de 1882, a amizade começa quando Breuer, amigo de Freud, é procurado por Lou Salomé para tratar de Nietzsche, seu ex-amante.

Deprimido por ter perdido Lou Salomé, Nietzsche está com depressão suicida. Breuer também está depressivo por estar tendo fantasias sexuais com Anna O., uma jovem recém-curada por seu novo método de "terapia através da conversa". Ao começar a tratar seu paciente, Breuer irá encontrar na filosofia de Nietzsche algumas respostas para suas próprias dores existenciais. Ao inverterem suas funções de médico e paciente, o relacionamento torna-se irresistível, com fantásticas discussões filosóficas, sobre Psicanálise e as dores da alma.
Na vida real, Nietzsche e Breuer nunca se conheceram, mas os componentes essenciais deste romance - a angústia mental de Breuer, o caso de Nietzsche e Lou Salomé e o desespero do filósofo - existiram historicamente. Os trechos de cartas escritas pelo filósofo para Lou Salomé também são autênticos. Nessa história ainda se encontra o personagem Sigmund Freud, amigo do médico que o ajuda nessa busca.

Fiquei fascinada por esse romance e recomendo.

"Viver é sofrer." Para Arthur Schopenhauer, filósofo do século XIX conhecido por suas idéias pessimistas em relação ao sentido da vida, os relacionamentos e os desejos só levam à dor e ao tédio. A salvação para o sofrimento humano, causado pela existência, é renunciar ao mundo, tornando-se assim verdadeiramente livre.
Para Julius Hertzfeld, psiquiatra renomado e ferrenho defensor da terapia em grupo, a salvação só é atingida quando se constrói relacionamentos sólidos, baseados no amor e na compreensão das diferenças e dos limites de cada um. É a vontade de ajudar as pessoas a encontrarem esse caminho que o leva a continuar trabalhando, mesmo fragilizado com a notícia de que tem um câncer incurável.
Ao fazer uma avaliação de sua longa carreira como psicoterapeuta, Julius decide procurar seu maior fracasso - um antigo paciente chamado Philip Slate, viciado em sexo e que curou a si próprio seguindo as doutrinas de Schopenhauer - e o convida a participar de sua terapia em grupo. A presença de uma ex-conquista de Philip, que o odeia pela frieza com que a descartou, obriga-o a encarar o passado e desencadeia conflitos entre os pacientes e acirradas discussões filosóficas com Julius.
A cura de Schopenhauer é o relato comovente de personagens demasiadamente humanos, que no processo da terapia em grupo desnudam suas mentes e seus corações, tornando-se mais reais do que a própria realidade.